A garçonete do Ritz me viu lá ontem à noite. Me seguiu. Me observou. Sacou tudo sobre mim. Leu meus registros nos arquivos das agências de inteligência. Descobriu tudo. Sentou-se à minha frente hoje, num local um tanto inusitado, uma casa de mineiros. Me disse várias coisas. Fingiu ter nascido no mesmo dia em que eu. Me falou do que devo ou não dizer, na vida ou no tcc. Me falou da própria palavra, de como ela é muito mais valorizada. Me mostrou o que é o trabalho, as vivências que nele residem, eternamente, e que podem sucumbir sob as palavras. E falou do sofrimento de quem nasce nesse dia. Fiquei com medo.

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