A Mamiya da Petra Costa e os fotolivros da Susana Paiva

Essa quarta vou publicar mais uma entrevista na série Fotografia Portuguesa, com a fotógrafa Susana Paiva que vive em Lisboa. Ela cuida do Photobook Club de Lisboa e lá pelas tantas ela fala de como os fotolivros agradam aos fotógrafos que os produzem, mas nem tanto ao público que o compraria.

Venho pensando nessa relação da fotografia e do vídeo na minha vida. Sim, por conta dessas entrevistas e do que elas podem comunicar, do seu alcance.

Para extrapolar, pensei também que Democracia da Vertigem foi indicado ao Oscar de melhor documentário e os veículos que noticiaram isso usaram a foto de perfil da Petra Costa em que ela posa com uma Mamiya RB67 em Brasília. Tenho certeza que ela deve ter feito umas fotos bacanas de Brasília, mas sem dúvida o alcance do seu trabalho em vídeo na mesma cidade foi muito maior. Consigo imaginar ela voltando a São Paulo e levando os filmes no Gibo para ele revelar e fazer contato. Será que essas imagens impressas poderiam contar para tanta gente que o que aconteceu no Brasil foi golpe?