Corporate Light Pro • um flash a bateria improvisado

Em outubro de 2006 eu até fiz um post sobre isso, mas segue aqui a reprodução de um texto de coluna sobre o Corporate Light Pro (rsrsrs…) uma pequena invenção:

Tudo começou com a má notícia que o Zé Antonio me deu. Os dois flashes da Mako da década passada foram para o brejo e o conserto não compensava. Laranjinhas, os mais fraquinhos da linha, mas quebravam o
galho por completo. Quebravam, quebraram. Num passeio pelas paralelas e transversais da Rua Santa Efigênia achei em uma loja dessas que revende sucata de todos os tipos um SB-15 da Nikon com um compartimento de bateria todo marcado de oxidação, de uma ou várias baterias que vazaram. Custou dois reais. De volta ao ateliê, ligado em uma fonte de 6v o flash funcionou intermitentemente. Até que localizei o problema em um transformador com mal contato. Um palito de fósforo cortado em cunha travou o
transformador no lugar e o flash passou a carregar normalmente. O fio ligando a fotocélula (responsável pelo automático) ao circuito do flash havia se partido também e o aparelho só funcionava em manual, disparando a carga por completo. Perfeito!
Olhando o SB funcionando todo desmontado sobre a mesa tive a idéia de dar a ele uma nova casa. Ao invés de devolvê-lo ao case de plástico da Nikon, estudei as adaptações necessárias para que ele funcionasse
dentro do case laranja da Mako. Queria combinar a possibilidade de usar acessórios de iluminação (hazy ou sombrinha) com a portabilidade de uma flash à bateria. Queria um Lumedyne!!!
Os intestinos do flash Mako foram facilmente removidos de sua casca, deixei no case as conexões no painel traseiro: conexão de sincro e o plug para o cabo de força, além do LED verde que indica a carga do flash.
Abri um buraco retangular no refletor de alumínio da frente da tocha. Com o auxílio de muita cola quente e um pouco de fita fui prendendo as placas de circuitos impressos do SB dentro da estrutura do case
laranja. Arranquei o LED do SB e fiz extensões que ligavam o LED do Mako aos terminais do SB, soldei tudo no lugar. Testei e comprovei que o SB quando carregado fazia acender a luz no painel do Mako. Liguei
também os terminais do hot shoe do SB ao plug de sincro do painel do Mako, testei. Por fim liguei a entrada de força do painel Mako aos pólos das pilhas no SB. Modifiquei o cabo de força para que ele encaixasse em apenas uma posição evitando um erro de polaridade. Já na outra ponta do cabo de força cortei fora a tomada para ligar na parede e soldei dois terminais para ligar em uma bateria chumbo-ácido de 6v.
O flash apitou dando o sinal que tudo ia bem e que estava carregando.Comparei o meu novo flash à bateria com um terceiro Mako igual aos dois sem conserto constatei que a potência ficou quase a mesma. O
tempo de recarga com a bateria chumbo-ácido ficou em torno de 4 segundos, o que é bem razoável para sessões de retrato a céu aberto.

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Fui para o município de Itaberá, num assentamento de agricultores que começaram a plantar girassol para fazer biocombustível, no meio da plantação fiz essa foto. A bolsa vermelha pendurada no flash guarda a bateria de 6v e o cabo para ligar ao flash, além de um carregador.

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Tenho me divertido encontrando impressoras inkjet que tem cabeças entupidas ou problemas de movimentação da cabeça, gerando imagens um tanto diferentes.

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Aproveito os problemas com imagens que são problemáticas também, ou no caso das multifuncionais, escaneando assuntos que completam a situação, como acima.

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Abri assim uma nova frente de reaproveitamento de fotografia digital.

Point-and-Shoot 5×7″ • pronta!

Era um sonho antigo construir uma câmara formato 5×7″ para fotos com uma grande angular. Como a que o Bill Brandt usava para fazer suas fotos distorcidas. Tá pronta!

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A intenção aqui não é fazer nada parecido com o que ele fez, mas sim ter uma câmara ágil para fazer panorâmicas do Campus Party agora em Janeiro. Usando filme Plus-X nesse tamanho, aberturas em torno de f/45, deve dar um tempo bem longo. A lente é uma Zeiss Protar 90mm f/18.

Estou pensando em ir para lá somente com câmaras que eu fiz: essa 5×7″, uma câmara scanner e uma médio formato improvisada também, para fazer alguns retratos.

Pismo G3

Um grande amigo me deu de presente um laptop apagado. Um Pismo (Powerbook Firewire, ou o computador da Carrie, personagem do Sex in The City). O Pismo é famoso por sofrer quando sua bateria de PRAM falha. Essa é a bateria dá energia ao relógio interno do computador ou mesmo é acionada quando você aperta botão para ligar o aparelho. O Pismo sofria desse mal.

Além disso, a sua bateria principal, que o mantem ligado quando ele não está conectado à rede elétrica, estava mortinha. Não carregava de jeito nenhum, só piscava um luz informando um curto interno. A bateria de um laptop pode ser de diferentes químicas: NiMH, NiCd ou Li-ion. Essa era de Li-ion e para substituí-la só podem ser usadas baterias dessa mesma química, porque a maneira como o computador irá recarregar a bateria depende exclusivamente da química da qual ela é feita.

Uma bateria de laptop, de Li-ion, em geral é feita de células do tipo 18650 (esse é um padrão de tamanho da célula, parece uma pilha AA um pouco maior). Sai a procura de células similares para substituir as da bateria desse computador, imaginando que encontrar uma bateria completa, desse modelo tão antigo seria mais difícil. Novas são até fáceis de encontrar na região da Rua Sta Efigência, no entanto são bem caras.

Um amigo que trabalha numa multinacional me avisou de uma campanha para arrecadar lixo eletrônico nessa empresa e me ofereceu um lote de algumas baterias IBM de LI-ion. Desmontei algumas dessas baterias (que estavam sendo descartadas por estarem velhas, mas que ainda tinham alguma carga) e consegui substituir as células da bateria do Pismo. O computador ficou ligado cerca de um minuto com as células novas (novas para ele). E assim constatei que o problema da bateria do Pismo eram mesmo as células muito velhas.

Essas baterias não desenvolvem memória, o problema maior é um chip que reside junto às células, ele controla o quanto a bateria pode ser recarregada e quantas vezes e aos poucos diminui a carga máxima que a bateria pode aceitar, isso para evitar que as células de Li-ion explodam durante a recarga. Agora é só achar uma alma caridosa que possua um Lombard (irmão mais velho do Pismo) que rode um programa que faz um reset do chip da bateria do laptop, para que ele trate as células mais novas corretamente.

Tive que aprender tudo isso nesses últimos dias para tentar voltar a escanear pelas ruas.

Construção de Câmara Digital Artesanal no MAC-USP

A oficina de sábado foi sensacional. E depois da oficina anterior (que eu chamei carinhosamente de “a revolta das máquinas”) essa foi um grande alívio, computador e scanners funcionaram perfeitamente. Para os participantes eu juntei uma pequena improvisada galeria. Para baixar as fotos em alta os alunos devem clicar nas miniaturas, entrar nas páginas com as fotos individuais e clicando com o botão da direita na imagens grandes, pedir para salvar as fotos em disco.

macsabado

Oficina no MAC-USP

Fotografando com Scanner

Oficina prática com Guilherme Maranhão, bacharel em Fotografia pela Faculdade do SENAC, paralela à exposição Heresias: Uma Retrospectiva de Pedro Meyer
A oficina pretende utilizar o scanner de mesa para tirar fotografias, mostrando como uma câmera fotográfica assim construída pode medir os padrões de movimento dos objetos fotografados e servir de base para diferentes tipos de experimentação.

Local
MAC USP Ibirapuera – Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso
Prédio da Bienal, acesso pela rampa lateral
Estacionamento no Parque Ibirapuera com Zona Azul

Preço
R$ 10,00 (isenção para professores da rede pública)

Informações e Inscrições
Secretaria do Programa de Pós-graduação Interunidades
Rua da Reitoria, 109A – Cidade Universitária
11 3091.3327 – pgeha@usp.br

Local : MAC USP Ibirapuera – Pavilhão Ciccillo Matarazzo, 3º piso
Horário : 10 às 17h30
Duração : 8 de novembro de 2008