Ignorar uma placa gráfica

Recentemente cruzou meu caminho um MacBook Pro Early 2011 com processador i7, uma tela de 15 polegadas e o problema comum da placa de vídeo AMD Radeon HD 6490M que impede que ele ligue. Um sonho antigo, tirando a parte do problema da placa gráfica.

Lá pelos idos de 2015 a Apple até trocava as placas-mães gratuitamente desse modelo, mas o problema voltava com o tempo. Se supõe que a placa gráfica roda tão quente que aos poucos alguns dos pontos de solda entre ela e a placa-mãe perdem o contato, ou seja, se supõe que fosse um problema de design irremediável.

Durante um bom tempo uma solução que havia era usar uma estação de solda para tentar refluir a solda da placa e reestabelecer os contatos. Alguns técnicos ficaram muito experientes em aplicar essa técnica, mas para pessoas com menos experiência nisso, como eu, podia ser arriscado demais.

A questão do calor gerado pela gráfica incomodava muita gente também. E como essa placa não era algo espetacular de usar, alguns usuários foram atrás de criar uma maneira de desabilitá-la. É importante lembrar que esses laptops possuiam duas placas de vídeo. Além da AMD, tinham também uma mais simples incorporada ao i7, a Intel HD Graphics 3000. E tinham um sistema que trocava automaticamente de placa gráfica dependendo da tarefa a ser executada e da quantidade de energia disponível na bateria.

Alguns nerds mais experientes ligaram os pontos e começou a circular por ai um pouco de código que desabilitava a placa gráfica Radeon. Bastava ligar o Mac em Single User Mode e digitar:

sudo nvram fa4ce28d-b62f-4c99-9cc3-6815686e30f9:gpu-power-prefs=%01%00%00%00

E depois reiniciar o Mac. Assim, esse comando estabelecia que apenas a primeira placa gráfica do sistema deve receber energia (a que está incorporada ao processador). No entanto, bastava um reset de NVRAM ou mesmo um update, para o comando perder o efeito.

Usei esse comando com o MBP para saber se o problema dele era mesmo com a placa gráfica Radeon. E assim consegui confirmar o problema, já que após usar esse comando ele funcionou perfeitamente.

Fui pesquisar como fazer a mesma coisa com alguma distro Linux nesse MBP. Acabei encontrando um blog com várias respostas às minhas questões, do programador Sarang Baheti. Bastava customizar o Grub tanto para a instalação do Linux, como para o sistema definitivo. Eu optei por continuar usando o MX Linux, que é uma distro baseada em Debian e que tem me deixado satisfeito. Bastava adicionar essas quatro linhas às configurações do Grub:

echo "          outb 0x728 1" | sed "s/^/$submenu_indentation/"
echo "          outb 0x710 2" | sed "s/^/$submenu_indentation/"
echo "          outb 0x740 2" | sed "s/^/$submenu_indentation/"
echo "          outb 0x750 0" | sed "s/^/$submenu_indentation/"

Essas linhas no Grub tinham o efeito semelhante ao comando anterior usado em single user mode, cortavam o suprimento de energia da placa gráfica Radeon. E como há um arquivo nas distros linux que confirma o conteúdo do Grub, era fácil mantê-lo sempre atualizado com essas quatro linhas, tornando a solução mais permanente e protegida.

E assim cheguei até aqui. Chamando de placa gráfica e placa de vídeo para agradar os dois lados do Atlântico. Depois foi só instalar uns apps e estava tudo pronto!

sudo apt-get install gimp kdenlive pycharm-community git ffmpeg chrome darktable curl default-jre qttools-dev-tools python3-tk

Placa de vídeo do iBook G3 morreu

De nada adiantou cruzar os dedos, talvez uma hora não tenha sido suficiente, uma outra tentativa deve seguir antes de declarar a derrota (e começa agora!). Hoje, depois de instalar os drivers de uma impressora, usando o CD, hoje um kernel panic e um mesmos riscos apareceram na tela.

Update em 05/06/08: não adiantou nada, nem 4h sob o ferro de solda.

Placa de vídeo do iBook G3

De dedos cruzados.

Há um tempo atrás fiz um post sobre meu iBook branquinho, o Man Ray. Naquele dia ele tinha mostrado um problema no vídeo, acabei achando um parafuso solto dentro dele, achei que tinha encontrado a solução, o fato é que depois de um tempo o problema voltou.

A causa era conhecida, uma solda de fábrica que dá problema em vários desses laptops.

Para resolver isso muita gente usa álcool ou outro combustível, uma lata e deixa o calor passar para o chip problemático dando uma certa fluidez à sua solda por um breve instante, assim o chip se assenta novamente na placa-mãe.

Acabei descobrindo um técnica alternativa, que evita o fogo.

A idéia surgiu de um post no site Geek Technique (o link está no post original também). Lá o assunto é tratado com fogo, mas em um comentário no meio da página um outro proprietário de iBook descreve a utilização de um ferro de solda para tal tarefa, olhei as fotos que vão no comentário e achei mais seguro e controlado.

Desta vez eu estou escrevendo o post a respeito da solução do problema direto do teclado do iBook, como fizeram os que tiveram sucesso nessas tentativas insanas. É difícil digitar de dedos cruzados.

Será que é a placa de vídeo

Tem um tutorial bem legal na internet sobre como usar álcool ou vela para consertar um problema comum na placa de vídeo dos iBooks de 2002. Eu já tinha passado por lá antes, por curiosidade, mas hoje voltei por necessidade, assim pensava eu.

No domingo a tela do meu laptop mostrou sinais muito esquisitos e depois não acendeu mais. O tal problema, pensei eu. Consegui limpar o HD com o Firewire Target Disk Mode e me preparei para tocar fogo no computador.

Usando um outro tutorial comecei simplesmente abrindo a máquina para fuçar e ver se pondo pressão sobre o chip de vídeo, eu conseguia alguma imagem, comprovando o mal contato. De cara cai um parafuso de dentro do laptop. Estranho.

Não é que depois de 8 anos de vida, boa parte dos parafusos do micro haviam ficado frouxos. Um deles se soltou e deve ter dado um curto na placa-mãe. Foi apertar todos eles de novo, achar o lar do fujão e pronto. De volta a vida, quem sabe mais 8 anos.