Testes • Kodalith 6556

Kodalith é um grupo de filmes para artes gráficas produzidos pela Kodak. Já usei alguns diferentes, como o pancromático 2568 que eu descrevo aqui nesse post. O 6556 é um filme ortocromático e vem embalado em bobinas de 35mm x 30.5 metros. Todos os filmes são de alto contraste.

Para controlar esse contraste e tornar o filme viável para fotografia existem uma série de caminhos possíveis. Vasculhando na web descobri um figura que revelar o 6556 em Rodinal 1:100, semistand por 20 minutos. Usei esse tempo para esse primeiro rolo e foi possível escanear normalmente no Pakon.

O efeito de bordas foi um pouco exagerado, como se pode ver ao redor dos canos escuros da fotografia acima, parece que alguém aplicou um unsharp mask excessivo por descuido. Já as texturas, como das paredes descascadas acima e abaixo.

O resultado obtido com o Parodinal de fato é interessante como um bom balanço entre alto contraste e detalhes nas texturas. Num teste futuro pretendo descobrir como essa combinação representa a pele.

Pesquisas

Recentemente numa conversa com o Claudio fui reapresentado ao conceito de aceleração de filme colorido, acabei me lembrando de outra coisa que eu sempre quis fazer que era revelar os filmes cromos como p&b para obter negativos e falamos disso um pouco também. Depois fui vasculhar a rede e achei duas coisas relacionadas, a primeira a publicação da Kodak a respeito disso e a segunda esse pequeno post na Apug que conta uma outra maneira de fazer isso.

Aceleração, viragem sépia e essa solução para o E-6 revelado em processo p&b tem uma coisa em comum, a imagem é branqueada totalmente e re-revelada. Vou ver se tento essa solução e desenvolvo um processo p&b bacana para os cromos que tenho aqui. Enquanto isso fica aqui uma dica para saber como faz a aceleração do filme cromo (E-6) no item 22.07 desse link aqui.

Outra coisa que andei olhando foi como fazer para usar filmes infravermelhos de imagesetters. Vasculhei fórums e acabei achando esse post no Photo.net que dá um ISO e um filtro para usar o filme. Nossa, isso é muito valioso, primeiro porque diz que a coisa funciona, depois porque já dá alguma idéia do que fazer. O cara ainda dá o revelador e o tempo para controlar o contraste, fica fácil começar. Estou pensando em refilar o filme desse que eu tenho e colocar num papel/bobina de filme 120. Será?

Outro filme interessante que apareceu é um LD da IBF, um filme litográfico do tipo Luz do Dia. Pelo que entendi de alguns links ele é um filme sensível a UV que pode ser manuseado em ambientes iluminados exclusivamente por lâmpadas fluorescentes que não emitem UV. Hummm. Será ele tão pouco sensível a ponto de não ser possível usar em uma câmera de grande formato? A IBF não tem mais nada sobre filmes no seu site, mas vasculhando a rede encontrei um figura nos EUA que revendia IBF e que ainda tem descritivos no site dele. Dá para comparar com os filmes UR e PSD que eu conheci.

11 Anos de Parodinal

No próximo 16 de setembro de 2015 completam 11 anos do Parodinal. A história teve várias etapas, mas o post original do usuário sneerath no usenet:rec.photo.darkroom sobre uma fórmula que substituia o p-aminofenol por paracetamol na manufatura de Rodinal já marcava 1 ano dessa pesquisa.

O post original: http://www.photography-forums.com/threads/acetaminophen-paracetamol-developer.92639/ agora preservado dentro de outro site.

Ele menciona esse fotógrafo holandês mais abaixo: https://groups.google.com/forum/m/#!topic/sci.chem/XZsZS31nF4U nesse post de 16 de setembro de 2004.

Aqui a receita derivada desse post no site de Donald Qualls: http://silent1.home.netcom.com/Photography/Dilutions%20and%20Times.html#Parodinal

Não é muito difícil entender daonde o cara veio olhando as duas página a seguir, basta prestar um pouco de atenção às moléculas de http://en.wikipedia.org/wiki/Paracetamol e de http://en.wikipedia.org/wiki/4-Aminophenol também conhecido como p-aminofenol.

Tenho pensado em como essas pequenas conexões são importantes para a prática fotográfica desde o início. Não chegam a ser descobertas, mas são conexões que mudam o propósito de algum material ou equipamento e nessa nova função ou etapa há uma microrevolução na maneira de fazer a coisas.