Filme gráfico em formato 120 • Ampliação

Logo que eu vi os contatos desse filme me encantei com essa imagem. Há uns 9 anos eu tentei fazer a mesma imagem em 8×10″, mas encontrei umas dificuldades com o filme colorido que eu usava na época. A exposição de 1 segundo garante que a espuma das ondas quebrando nas pedras vire uma massa branca, no filme de 2009 isso não ficou tão interessante.

O filme de 2019 em si trouxe algumas marcas e pequenos mofos que ficam mais visíveis na cópia de 80x100cm. O contraste exacerbado do filme ajudou o papel dos anos 80, o revelador que eu misturei também, uma variação do GAF 110 com menos sulfito, para arriscar um pouco de revelação infecciosa. Não apareceu tom de lithprint, mas ficou bem frio como Kodabromide deve ser, apesar de ter apenas hidroquinona no revelador.

Para projetar a imagem enorme, deitei a cabeça do ampliador numa prateleira e prendi o papel na parece oposta com clipes fortes!

Revelei na calha e o tempo longo da hidroquinona sozinha foi bem proveitoso para evitar excesso de manchas.

Nessa segunda imagem expus o papel ainda mais, cortei o tempo da revelação um pouco também, as bordas das áreas escuras parecem mais o efeito do lithprint, ou seja, houve mais revelação infecciosa.

Ainda falta o refile das bordinhas, acertar as cópias no esquadro, mas para um papel vencido há 30 anos, ter detalhes em branco já é uma vitória enorme.

Kodabromide Mofado

Recentemente ganhei um envelope bem antigo de Kodabromide W-3, essa papel foi fabricado no Brasil, provavelmente entre 1970 e 1980, um papel fibra, peso duplo, grau de contraste 3, relativamente alto para época. Não fosse o tempo que ele ficou guardado, o véu que se formou, ele ainda mofou bem em alguns pontos, criando uma série de sub-imagens interessantes.

Resolvi colocar em uso o revelador de ácido ascórbico e hidroquinona proposto pelo Patrick Gainer no artigo dele no Unblinking Eye, o link está aqui, é o revelador que dá errado nos inícios dos testes, esse que eu decidi usar. Reveladores que induzem a revelação infecciosa podem ser interessantes para papéis antigos.

Fiz um vídeo explicativo e guardei nos highlights dos meus stories no Instagram.

Kodabromide peso simples

Em 1998, a exposição do trabalho sobre Osasco ficou assim. O papel fotográfico usado para ampliar as cópias veio de uma pilha de envelopes amarelos antigos que estava sob uma mesa do laboratório do jornal. Eles não ampliavam p&b fazia mais de 10 anos e esses kodabromides passaram toda sua vida no ar condicionado. Foi uma supresa sensacional ver aquilo funcionando, era papel fibra peso simples, tamanho 30x40cm, tom frio.