Lendo artigos da década de 90 que A.D. Coleman escreveu sobre essa revolução digital na fotografia, percebo que tanto ele, naquela época, como nós, agora, não fazemos a menor idéia do que pode estar pela frente.
No dpreview está no ar um roundup da PMA. Basicamente foram lançadas 110 câmaras digitais nessa feira e nenhuma delas trouxe alguma inovação digna de nota. Finalmente há um consenso entre os fabricantes de que a luta por mais e mais MP não leva a lugar nenhum além da falência, é uma pesquisa muito cara e tem sempre a possibilidade de alguém chegar lá antes de você.
Na Photokina de 2004 a Mamiya anunciou a ZD de 22MP, a câmara existe, está no site da B&H desde então e até hoje não tem preço certo nem é vendida por eles. O fabricante esperava vender a câmara por um preço muito alto e agora tá tudo encalhado. Os clientes da Mamiya provavelmente já compraram suas Mark II há muito tempo.
No mundo dos processadores também houve um cessar geral de pesquisas e hoje se pensa mais em juntar dois processadores do que desenvolver um melhor. Assim é a Mark III da Canon, com dois processadores DIGIC III, no lugar do que deveria ser um DIGIC IV que não existe ainda e talvez nunca venha a existir.
A Mark III com apenas 10MP (ao contrário da antecessora com 16MP) leva a crer que essa resolução é o suficiente para uma “35mm digital” e que resoluções maiores ficaram a cargo de “médio formato digitais”. Seria esse o consenso?