Bieka no Ibirapuera

Há uns bons anos atrás eu ganhei uma Bieka bem conservada. Coloquei um filme EPT 120, cromo tungstênio ISO 160 e dei umas voltas pelo parque Ibirapuera.

A câmera 6x9cm permitia que fossem tiradas quantas fotos eu quisesse em cada quadro, até que eu avançasse o filme.

Esses negativos, que eu revelei em C-41 no meu lab, ficaram no fundo de uma caixa de papel fotográfico não identificada por engano, e eu os encontrei hoje. Surpreso, coloquei alguns no DT-s1030ai e fiz alguns scans para ver o que é possível fazer com eles.

Os negativos estão mais ou menos assim:

Screen Shot 2016-07-11 at 5.00.38 PM

O negativo na verdade tem mais véu de base que isso, eu cancelei bastante dele com a calibragem do scanner cilíndrico (esse não é o jeito correto de escanear negativos cor, mas é um atalho que às vezes rende bons frutos). Note que o filme vencido já tinha um lado com pigmentos alterados.

Depois de um pouco de edição a primeira imagem ficou assim:

parque01_web

Ainda preciso fuçar nos outros negativos desse dia e descobri o que pode alinhavar uma história entre as imagens.

Bieka DFV

Encontrei um manual da câmara fotográfica Bieka que era produzida pela D.F.Vasconcellos S/A ou DFV. A câmara utiliza filme 120 e faz 8 fotos de tamanho 6×9.

O plano do filme é curvo na Bieka, acompanha o desenho do corpo na parte traseira. Vamos ver como isso funciona.

O prédio da DFV ainda está ali na Av Indianópolis e ainda possui o observatório astronômico no telhado, mas não acho que ele seja tão imponente como o da gravura.


“Outros produtos da nossa produção!” Hilário.