O que fazer com um Powermac G5?

Digitei a frase acima em diversas línguas no Google, tentei de toda maneira encontrar algo que não fosse simplesmente aproveitar o case do computador para colocar outro computador dentro.

O site Everymac mostra o preço de lançamento como 1999 dólares em 2005. http://www.everymac.com/systems/apple/powermac_g5/specs/powermac_g5_dual_2.0.html É muito dinheiro para algo realmente inútil hoje em dia. No mercado de usados um G5 vale menos que um Mac Mini Core Duo. O G5 além disso produz mais calor e gasta mais eletricidade, faz mais barulho.

O fato é que esse foi um dos últimos computadores a serem lançados com o chip PowerPC da IBM antes da mudança para Intel. Então apesar de ser um computador super poderoso que deveria durar até hoje, ele não pode usar os softwares e o OS disponíveis agora, ficou preso ao OSX 10.5.8.

E por outro lado não pode também ser usado como um computador vintage já que nesses modelos a Apple abandonou a expansão PCI que torna os computadores capazes de serem ligados a scanners antigos, por exemplo, com placas SCSI. Ou seja, um case enorme cheio de espaço, mas um computador inviável de expandir atualmente. Logo, o que fazer com um PowerMac G5?

Mac Mini • resgate

Para processar imagens ganhei um Mac Mini avariado. O computador não consegui reconhecer o HD dentro dele e a ventoinha estava disparada, a toda potência mesmo com o computador desligado e apenas ligado na rede elétrica, estranho.

Pesquisas e pesquisas apontaram para uma morte eminente da placa-mãe, mas porque não aproveitar o computador enquanto isso não acontece? Para tanto fui ao centro e descolei uma gaveta (ou case) para colocar o HD do lado de fora do computador, onde o problema de ser reconhecido não acontecia nos meus testes. E para sanar o “volume” da ventoinha descolei um potenciômetro de fio, de 100 ohms.

O bicho ficou assim, adeus belo design by Apple. Tentei não fugir demais dos materiais do computador e usei uns pedaço de acrílico, para aproveitar a saída de ar da ventoinha e colocar o HD bem na frente. O pino maior é onde agora se controla a potência da dita ventoinha.

 

mini

Pismo G3

Um grande amigo me deu de presente um laptop apagado. Um Pismo (Powerbook Firewire, ou o computador da Carrie, personagem do Sex in The City). O Pismo é famoso por sofrer quando sua bateria de PRAM falha. Essa é a bateria dá energia ao relógio interno do computador ou mesmo é acionada quando você aperta botão para ligar o aparelho. O Pismo sofria desse mal.

Além disso, a sua bateria principal, que o mantem ligado quando ele não está conectado à rede elétrica, estava mortinha. Não carregava de jeito nenhum, só piscava um luz informando um curto interno. A bateria de um laptop pode ser de diferentes químicas: NiMH, NiCd ou Li-ion. Essa era de Li-ion e para substituí-la só podem ser usadas baterias dessa mesma química, porque a maneira como o computador irá recarregar a bateria depende exclusivamente da química da qual ela é feita.

Uma bateria de laptop, de Li-ion, em geral é feita de células do tipo 18650 (esse é um padrão de tamanho da célula, parece uma pilha AA um pouco maior). Sai a procura de células similares para substituir as da bateria desse computador, imaginando que encontrar uma bateria completa, desse modelo tão antigo seria mais difícil. Novas são até fáceis de encontrar na região da Rua Sta Efigência, no entanto são bem caras.

Um amigo que trabalha numa multinacional me avisou de uma campanha para arrecadar lixo eletrônico nessa empresa e me ofereceu um lote de algumas baterias IBM de LI-ion. Desmontei algumas dessas baterias (que estavam sendo descartadas por estarem velhas, mas que ainda tinham alguma carga) e consegui substituir as células da bateria do Pismo. O computador ficou ligado cerca de um minuto com as células novas (novas para ele). E assim constatei que o problema da bateria do Pismo eram mesmo as células muito velhas.

Essas baterias não desenvolvem memória, o problema maior é um chip que reside junto às células, ele controla o quanto a bateria pode ser recarregada e quantas vezes e aos poucos diminui a carga máxima que a bateria pode aceitar, isso para evitar que as células de Li-ion explodam durante a recarga. Agora é só achar uma alma caridosa que possua um Lombard (irmão mais velho do Pismo) que rode um programa que faz um reset do chip da bateria do laptop, para que ele trate as células mais novas corretamente.

Tive que aprender tudo isso nesses últimos dias para tentar voltar a escanear pelas ruas.