Com um serrote

Hoje terminei uma nova engenhoca. Uma mistura de câmara 3×4 com um back 4×5″ para filme em chapa.

CRW_0192

São seis lentes que disparam de uma só vez. Mas a câmara pode ser rearmada indefinidamente, ou seja, basta tampar uma ou mais lentes na hora da foto para deixar aquela área do filme intocada, depois destampar essas e tampar outras que já foram expostas. Enfim, dá para inventar um modo Lomo Action bem lento para a câmara 3×4.

O foco é fixo e fica a mais ou menos 1 metro. O diafragma vai de f/8 a f/22, chique! Há provisão para flash (PC e Hot Shoe): uau!

CRW_0190

Teste? Ainda não, mas em breve.

A câmara veio com um back Polaroid instalado, foi só desaparafusá-lo e recortar tanto a câmara tanto o novo back com um serrote para que os dois encaixassem. Funcionou. A boa e velha cola quente deu um jeito. Por cima dela colei pedacinhos de GatorFoam preto para dar um toque gambiarra na câmara e garantir que a luz ficará fora e o escuro dentro.

Descobri que a alavanca de armar o obturador por ser usada em conjunto com o disparador para “travar” a câmara “acidentalmente” aberta, o que pode ser bem bacana para fazer o foco e planejar as imagens. Idéias!

Busch Pressman e Scanner Câmera v4

Duas pequenas reformas estão em andamento. A primeira é da Busch Pressman, uma 4×5″. A traseira da câmara tinha um problema de plano focal, o foco estava fora por mais ou menos 0,5mm e isso estava causando alguns problemas sérios nas imagens.

A outra reforma é de uma Nikon N50 que o Hugo me deu. A câmara parece que foi ao mar e acabou indo parar nas mãos dele. As placas se perderam, ela nem ligava. Mas o espelho se movia normalmente com a ajuda do dedo. O anel frontal ainda aceitava as lentes da Nikon, surgiu uma idéia de usar o corpo para receber um implante de um CCD Linear removido de um HP2200c sucateado. A idéia é colocar o CCD no exato plano focal, coincidindo com o despolido da câmara, assim será possível fazer foco o compor as imagens com a ajuda do sistema reflex.

DSC_0990

Nessa altura já abri espaço para o novo CCD retirando tudo que não seria necessário na câmara, com a ajuda de um alicate e de um serrote. Instalei esses dois parafusos que vão servir para posicionar o CCD, as porcas, em par, serão capazes de oferecer os ajustes necessários para que depois o foco seja feito pelo visor.

Na parte superior da câmara, abri um enorme buraco por onde passa um dedo, foi a maneira que encontrei de acionar a abertura do espelho, que se fecha com a ajuda de uma mola.

Uma idéia antiga era escanear a Lua com o movimento de rotação da Terra, agora podendo utilizar uma teleobjetiva, focar e apontar corretamente o CCD Linear, isso talvez seja possível.

Câmara com 16 objetivas

Tudo começou com um saco de 100 monóculos, daqueles nos quais se coloca um meio-frame 35mm de slide. Juntei 16 desses monóculos com cola quente. Comecei ao redor deles uma estrutura de papelão.

A coisa cresceu e ganhou um obturador estranho na frente. Um fenda que corria pela frente das lentes dos monóculos.

Dezesseis pontos de vista.

Placa de lente com massa plástica

Fotos antigas. Fazendo placas de massa plástica para colocar lentes em câmaras de madeira. O molde foi cortado em polietileno, que por sua vez é ótimo para que as coisas não grudem nele. A massa é aplicada no molde, seca um pouco e antes que enrijeça por completo sai e ganha arremates nos buraquinhos que ficaram, nesse momento se pode esculpir a massa plástica com um estilete, por exemplo, bem afiado.