Ontem abriu a exposição organizada pelo Samba na Leo Burnett, em São Paulo. Enquanto isso eu montava a exposição no Ateliê, no Rio.
“Dá um confere no olhômetro!” Foi assim que a Tabajara explicou pro Caiçara como acertar as fotos na parede. A casa é antiga e as paredes provam que a engenharia civil nem sempre foi algo exato. O laboratório não usou esquadro para cortar as cópias, de modo que paralelismo e perpendicularidade eram utopia.
Para montar as fotos impressas em inkjet sobre papel de algodão usei tachinhas de estofador. É uma maneira que eu curto, de montar fotos direto na parede. Isso tem uma vantagem que eu acho importante, a foto continua somente a foto, sem montagem, placa e etc. Que faz sentido para fotos com mais de 1 metro ou coisa do gênero. Assim elas não deixam de ser enormes, mas continuam fáceis de transportar para lá e para cá (enroladas e leves). Essa tachinhas são mais rústicas do que os pushpins tradicionais, o que confere um toque mais refotografia para a coisa, se bem que pushpins com cabeça plástica transparente são interessantes para certos trabalhos.
Com um fio de nylon marcando a altura da imagem na parede é fácil colocar a foto em três minutos com a ajuda de outras duas pessoas, uma desenrola a imagem aos poucos, enquanto alguém prega as tachinhas e outra pessoa mantém o fluxo de tachinhas para o pregador. Assim nenhuma tachinha recebe carga demais, evitando o risco de rasgar a foto em algum momento. Um reforço na parte posterior da imagem pode ser legal caso a imagem seja muito larga!