Into the wild

Não sei precisar quando foi que eu chorei tanto numa sala de cinema quanto hoje. O filme era Into the Wild. É verdade que essa semana tinha me deixado sensível. Foi o post da Wicca de 19.03, as idas e vindas a respeito do consumo consciente que algumas pessoas acham que é uma solução para algo que eles mesmos acham que é o problema, o puro e simples descaso nas relações cotidianas.

Também não sei precisar o que exatamento no filme me atingiu com tanta intensidade. Não quero falar muito, não quero estragar o filme para ninguém. Acho que é a noção de desprendimento material, essa liberdade de que o filme trata. O filme é pontuado por despedidas, mas não foram elas que trouxeram as lágrimas à tona. Foram alguns diálogos cheios de simplicidade. Foi a fuga desesperada das distorções nos relacionamentos.

“If you are not having dinner, I can sit with you all night long.”

O filme me fala do Zen também. Que é associado à viagem, simbólicamente. O caminho a ser percorrido. Essa associação pode ser deixada de lado, pode-se exercitar o Zen percorrendo um caminho a lugares próximos, cotidianos talvez. Para o Zen não importa o destino final e sim o próprio caminho. E a clareza para com ele.

Realidade, verdade, mentira, amor, carinho. Família. Tudo pode ser tão simples, esse filme é tão claro a esse respeito. Difícil impedir a emoção de fluir. E no fim do filme um sorriso te pergunta: está você tão cego para tudo isso?

Ele é um fotógrafo, quem diria.

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