Achei outra imagem que se por um lado não é nada muito importante esteticamente, por outro guarda um momento onde muita coisa mudou de rumo dentro da minha cabeça. Essa caçamba de lixo fica nos fundos de uma lojinha de equipamento fotográfico em Houston. Eu fiz a foto quando visitava a cidade para o Fotofest de 2000. Essa foi a primeira caçamba na qual eu entrei, a primeira de muitas (faltou uma foto de dentro, só lembrei depois que atravessei a rua). A caçamba era bem limpinha, facilitou. E eu sabia mais ou menos o que procurar dentro dela. Enchi um saco com tele-converters velhos, filtros para flashes e outras tranqueiras que o pessoal da loja não conseguia mais vender. Voltei de viagem e distribui presentes para os amigos. Entrar mesmo na caçamba, só no primeiro mundo, lá as caçambas são altas e exigem esse esforço, aqui as caçambas são baixas e você só precisa estender o braço e se espantar com as coisas que as pessoas jogam fora.
Publicado em por Guilherme Maranhão
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Guilherme Maranhão, artist. Published Travessia book, author of Refotografia blog. Ver todos os posts de Guilherme Maranhão
Oi Guilherme!
Eric Rahal falando. Tudo bão c’ocê?
Escrevo por que li sua coluna no Fotosite e gostei muito mesmo do retrato do Antonio Cândido. Ando estudando bastante os textos desse cabra…
O estouro de branco dos ombros para cima funcionam sim perfeitamente como linguagem, uma vez que o cara tem uma cabeça bastante “iluminada”. O contraste com o ambiente e figurino “sóbrios” só fazem realçar o aspecto simbólico da superiluminaçnao, ao mesmo tempo em que se revela a formalidade que cerca essa importante figura da cultura letrada brasileira. Enfim, belo retrato!
Mande notícias…
ericrahal@uol.com.br
ps- a Fotofagia está ameaçando voltar. Será?
ai,ai,ai, o povo viaja… a foto do Antonio Candido é só uma (boa) foto em contraluz!
puxa … deve ser bom ser seu amigo e ganhar essas tranquerinhas..rsrs
abraço