Não me incomoda a tecnologia em si. Me incomoda o fato dela não conseguir conviver em harmonia com o talento e o conhecimento individuais dos fotógrafos, dadas as circunstâncias em que o marketing utilizado pela indústria fotográfica insere a tecnologia, como solução única, na cultura fotográfica. Me incomoda que ainda existam fotógrafos que medem a imagem pela câmara que foi usada para fazê-la, e não pelos atributos da imagem em si. Mas ao mesmo tempo esse texto não oferece uma proposta específica de como as coisas poderiam ser nesse setor, apenas de como os subprodutos desse processo, leia-se o lixo fotográfico, podem e devem ser aproveitados. A minha proposta é que as pessoas percebam que a indústria vende uma imagem da fotografia em alto contraste: ou funciona porque é novo ou não funciona porque é obsoleto. Na verdade há milhares de meios tons nessa imagem, bastar ver.

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