Foi um papo longo que tive com a Faró hoje. Falamos de objetos-lixo, de técnicas-lixo. Sob o ponto de vista do processo criativo, do produtor de imagens. Faró falou de menosprezo e desprezo. Falamos do conhecimento desprezado por força da indústria, ou por vontade própria. A opção entre a solução tecnólogica e a solução através do conhecimento, empenho pessoal. O menosprezo/preconceito como ferramenta da indústria para organizar a escalada da tecnologia. Será? O menosprezo: uma barreira na linguagem do fotógrafo. E tem a centralização. De tudo. Tem as perdas de conhecimento que sucederam o autoexposure, e hoje sucedem o avanço digital, de um dia para o outro o passado é obsoleto, vai pro lixo, e a tecnologia nem sempre cumpre suas promessas, quem perde é o fotógrafo. Pensando assim, o processo obsoleto, encontrado no lixo, pode até ser mais completo, confiável, reliable if I may.
Publicado em por Guilherme Maranhão
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Guilherme Maranhão, artist. Published Travessia book, author of Refotografia blog. Ver todos os posts de Guilherme Maranhão